Psicóloga explica: porque sentimos vergonha

Psicóloga SP  explica sobre porque sentimos vergonha.

Embora seja pouco abordado na psicologia, a vergonha é um tema que influencia muitos comportamentos e demanda reflexão.

A vergonha pode ser entendida como um sentimento de inadequação perante os outros, que surge quando o indivíduo é exposto a situações consideradas vexatórias, humilhantes ou frustrantes publicamente.

Existem diversos tipos de vergonha, sendo algumas normais e outras patológicas. As vergonhas normais são aquelas que conseguimos lidar bem e até rir de si mesmo no momento em que ocorrem. 

Já as vergonhas patológicas são aquelas que só existem na cabeça de quem as tem, como o medo de ser julgado pela condição social, etnia, origem, entre outros.

A dificuldade de aceitação relacionada à vergonha pode estar ligada à história de vida de cada pessoa e aos valores que ela aprendeu.

Porque sentimos vergonha

A vergonha é um sentimento complexo e multifacetado, e sua origem pode estar ligada a diferentes fatores. De maneira geral, a vergonha surge quando a pessoa se sente exposta ou vulnerável perante outras pessoas, seja por uma falha, um erro ou um comportamento inadequado.

Na infância, a vergonha pode surgir quando a criança é punida ou ridicularizada pelos pais ou cuidadores, o que pode levar a uma internalização de um sentimento de inadequação e vergonha. Além disso, experiências traumáticas, como o abuso ou o bullying, também podem levar a um sentimento de vergonha e culpa.

Na vida adulta, a vergonha pode estar relacionada a questões como a autoimagem, a autoestima e a sensação de pertencimento social. A pressão por atender às expectativas dos outros e a autocrítica excessiva também podem contribuir para a experiência da vergonha.

Entender as origens da vergonha é importante para trabalhar esse sentimento de forma mais efetiva, o que pode ser feito através de terapia e outras formas de autoconhecimento.


Como a Psicologia pode ajudar?


 A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a promover a modificação de crenças centrais e, assim, minimizar o sofrimento do indivíduo e/ou do meio em que vive.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem que se baseia na ideia de que nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos estão interligados e influenciam uns aos outros. Na TCC, o terapeuta ajuda o paciente a identificar seus pensamentos e crenças disfuncionais sobre si mesmo e sobre a situação que gera a vergonha.

Através da identificação desses pensamentos e crenças, o paciente é incentivado a avaliar sua validade e sua utilidade. Em seguida, o terapeuta ajuda o paciente a substituir esses pensamentos e crenças disfuncionais por outros mais realistas e adaptativos.

Por exemplo, se uma pessoa sente vergonha de falar em público porque acredita que será julgada e ridicularizada pelos outros, o terapeuta pode ajudá-la a questionar essa crença e a identificar evidências que a contradizem. Além disso, o terapeuta pode ensinar técnicas de relaxamento e exposição gradual à situação que gera a vergonha, para que o paciente possa se sentir mais confiante e seguro.

A TCC também pode ajudar o paciente a desenvolver habilidades sociais e de comunicação mais efetivas, para que possa lidar melhor com as situações que geram a vergonha. Em geral, o objetivo da TCC é ajudar o paciente a se tornar mais consciente de seus pensamentos e crenças disfuncionais, aprender a lidar melhor com as emoções negativas que surgem a partir da vergonha e desenvolver estratégias mais eficazes para enfrentar as situações desafiadoras.


Autores  que falam sobre a vergonha

Existem diversos autores que falam sobre a vergonha em suas obras, alguns exemplos são:

  • Brené Brown: autora de livros sobre vulnerabilidade, vergonha e coragem, como "A Coragem de Ser Imperfeito" e "A Arte da Imperfeição".
  • Silvia Helena Koller: psicóloga brasileira que tem diversos estudos sobre a vergonha, em especial a vergonha corporal.
  • Helen Block Lewis: psicanalista americana que escreveu o livro "A Vergonha e o Orgulho" em que explora a relação entre esses sentimentos e sua importância para a formação da identidade.
  • Gershen Kaufman: psicólogo americano que escreveu o livro "A Vergonha: A Experiência Interior" em que analisa a vergonha como uma experiência universal e sua influência no comportamento humano.


Obrigada pela leitura. 

Gostou do Artigo? Leia outros artigos neste  blog da Psicóloga 

Se copiar, cite a fonte. Lembre-se que plágio é crime, conforme a lei 9610/18

Conteúdo protegido por direitos autoriais. Todos direitos reservados.

Maristela Vallim Botari - CRP/SP 06-121677.
O Acolhimento começa aqui.

psicologa sp, Psicóloga SP, psicóloga perto de mim. Psicóloga em São Paulo, Psicóloga online,  psicóloga preço, consulta com psicóloga, Psicóloga Bela vista, psicólogo zona sul sp, psicólogo centro sp, psicólogo online, psicoterapia sp, psicólogos em são Paulo, Psicologo SP.


Postar um comentário

0 Comentários